AASPTJ-SP visita Fórum do Ipiranga

Autor: 
Ana Carolina Rios

No último dia 5, a AASPTJ-SP, representada por sua presidente, Elisabete Borgianni, pela segunda tesoureira, Mônica Carteiro e pela assessora Wanderlí Caruso, realizou visita ao Fórum do Ipiranga. Participaram da reunião a psicóloga-chefe, Ana Maria Medeiros, e a assistente social-chefe, Sonia Kumagai.


De acordo com as profissionais, o principal problema enfrentado pela equipe é a escassez de funcionários, perspectiva que deve piorar a curto prazo. Atualmente na Psicologia há cinco profissionais em exercício. Em três anos, este número passará a três, considerando-se as prováveis aposentadorias nos próximos anos. No Serviço Social, são sete assistentes sociais, sendo que uma está de licença-adoção, uma está em readaptação e a assistente social-chefe deve aposentar-se em abril. “No último concurso foram chamadas três profissionais. Uma delas teve um avc (acidente vascular cerebral) antes de assumir e as outras duas pediram exoneração e só uma foi substituída”, afirmou Sonia.


Ana Maria lembra que o Setor Técnico do Fórum do Ipiranga também atende à Vara da Infância e Juventude e duas Varas de Família da Vila Prudente. “No concurso de 1985 estava prevista a contratação de oito psicólogos. Passados mais de vinte anos, possuímos a metade”, desabafou.


A região atendida pelo fórum apresenta índices de vulnerabilidade entre três e cinco. Segundo as técnicas, o serviço está ficando inadministrável já que virou rotina classificar tudo como urgência. Até para ações simples, pede-se a manifestação do Setor Técnico.


Elisabete falou sobre o Grupo de Trabalho Demanda X Capacidade de Trabalho criado pela AASPTJ-SP para estudar melhor forma de distribuição dos processos entre os profissionais dos Setores Técnicos. “Com o sistema que estamos estudando junto ao Núcleo de Apoio Profissional de Serviço Social e Psicologia do TJ, até mesmo o juiz poderá ter melhor visão do trabalho que realizamos”, explicou Mônica.


A presidente ressaltou a importância de a equipe tentar promover uma reunião com os juizes, os chefes de cartório, bem como com o Ministério Público que ali atua, para mostrar  o importante trabalho que desenvolve e a defasagem de pessoal técnico e a demanda indiscriminada que está chegando para o setor técnico. Independentemente disso, a AASPTJ-SP levará ao conhecimento da Coordenadoria da Infância e do Núcleo de Apoio, todos os problemas que identificou, que têm penalizado os assistentes sociais e os psicólogos em sua saúde física e mental, bem como prejudicado o atendimento da demanda dentro dos critérios éticos e profissionais que temos nas duas categorias ali no Ipiranga, situação que, infelizmente se repete na maioria dos fóruns do Poder Judiciário paulista.


A Associação irá elaborar um relatório sobre a visita ao fórum e encaminha-lo à Coordenadoria da Infância e Juventude, à Presidência e ao Núcleo de Apoio Profissional.


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