AASPTJ-SP debate laudos e pareceres com associados

 

Atendendo à solicitação da equipe técnica de Piracicaba, a AASPTJ-SP recebeu em sua sede assistentes sociais e psicólogos daquele fórum, no dia 3 de dezembro.

O objetivo foi o de debater sobre o trabalho do assistente social e do psicólogo no Judiciário e questões sobre laudos e pareceres.

Pela Associação, participaram a presidente, Elisabete Borgianni, a primeira secretária Maria Helena Correa, o primeiro tesoureiro, Eduardo Neves, a assessora da Diretoria Vilma Regina da Silva e os assessores jurídicos Sonia Guerra e Thiago Pugina. Também contamos com a participação da assistente social associada Eunice Fávero, especialista no tema pelo Serviço Social.

As profissionais pontuaram que vivem uma rotina conflituosa entre a interpretação do Código de Ética da profissão, o que é exigido pelos juízes e as expectativas das partes envolvidas nos processos.

Sonia pontuou que devemos sempre ter em conta que, se o assunto está em juízo, alguém certamente sairá descontente. Para ela, as pessoas têm uma visão equivocada de que o Judiciário é o local de se fazer justiça, quando na verdade no Judiciário é o local de se fazer o Direito.

Thiago falou sobre sua experiência em defesa de assistentes sociais e psicólogos que sofrem processos éticos e administrativos. E deu algumas dicas do que tem observado. Para ele, é muito importante atentar-se para a escrita dos laudos e pareceres. “Muito cuidado para não imputar conduta e não se colocar em posição de testemunha. Por exemplo, evite falar ‘está havendo abuso’, prefira ‘há indícios de abuso’, ‘suposto abuso’”, explicou.

Eunice discorreu sobre a importância de fundamentar bem o que está sendo dito no laudo. Se não há muita bibliografia sobre o tema no Serviço Social e na Psicologia, buscar em disciplinas correlatas, como a Antropologia e a Sociologia. Disse que o conflito vivido pela equipe é natural e faz parte da profissão. Na área sociojurídica se decide a vida das pessoas e isso é uma grande responsabilidade. “O que devemos refletir sempre é: o que cabe ao Serviço Social nos casos? Será que tudo o que o usuário nos fala é necessário para a nossa análise naquele processo? Às vezes descrevemos excessivamente o que o outro fala”, alegou. Por fim, lembrou que mais importante do que o relatório conter dados, é trazer uma análise fundamentada dos mesmos.


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