AASPTJ-SP em Bauru
Em 18 de julho de 2011, estiveram na cidade de Bauru, representando a AASPTJ-SP, a primeira tesoureira, Esther Katyama, e a vice-presidente, Maria Helena Corrêa, convidadas para contribuírem com as discussões do grupo de estudos daquela circunscrição sobre o tema: Judicialização dos conflitos.
Como atividade específica do grupo de estudos, no período da tarde, o tempo foi utilizado para aprofundar o debate da judicialização da questão social que traz no seu bojo as relações de poder e de força, que estão implícitas na estrutura do Poder Judiciário e nos nossos espaços sócio-ocupacionais, através da necessidade de se aplicar a lei para dirimir conflitos (nas relações e dinâmica das famílias empobrecidas e populações em situação de alta vulnerabilidade quanto à pobreza, violência, entre outras tantas mazelas sociais).
Foram elencados vários casos das equipes técnicas, com significativos números de situações de violência, o que nos leva a considerar a necessidade de aprofundar os objetivos contraditórios entre punição e proteção, inclusive com a necessidade de estabelecer uma diferença entre prova criminal e mediação de conflitos. Neste espaço de reflexão foi trazida a discussão para o protocolo do "Depoimento sem dano" ou Escuta Especial de Crianças vítimas de violência no âmbito familiar.
Entendeu-se que para intervir na mediação de conflitos, a equipe precisa não só de uma análise do caso aprofundada, mas também da articulação das redes sociais de garantias de direitos, bem como de uma intervenção sincronizada entre as equipes interprofissionais.
No período da manhã realizamos um encontro ampliado, dialogando sobre as demandas que a Associação tem encampado e exercitamos nossa escuta através da possibilidade do grupo falar sobre suas necessidades e expectativas em relação à AASPTJ-SP.
Em uma discussão macro política, situamos a estrutura do Poder Judiciário no atual momento da Reforma do Estado, falando sobre condições de trabalho e sua precarização como pressuposto do Estado neo-liberal.
Pontuamos que no atual momento, percebemos que o modelo da administração gerencial, à semelhança da modernização das empresas, que transfere para os trabalhadores a responsabilidade pelos resultados, controle e desempenho, aqui exemplificado pelo Estado/Judiciário, que hoje traz características da EFICIÊNCIA (busca o máximo com o mínimo de recursos possíveis/mais com menos), EFICÁCIA (garantia de resultado desejado) e QUALIDADE (nível de excelência para promoção e avaliação de desempenho).
Diante desta conjuntura, apontamos a importância da participação dos associados nas atividades da AASPTJ-SP e também no Fórum Pró Organização Política Sindical, frente à necessidade emergente da organização dos trabalhadores do Judiciário em um universo ampliado de representação e participação, luta e resistência.
Consideramos que reuniões regionais com os associados como esta, faz parte da carta-programa desta gestão para que os associados percebam a Associação próxima deles e se sintam pertencentes a esta forma de representação da categoria.
A direção da AASPTJ-SP, afinada com as necessidades dos associados, buscará formas, através do planejamento de alternativas possíveis para conseguir chegar até os associados distantes da sede, contando desde já com sugestões e a participação de TODOS!