AASPTJ-SP estuda realização de pesquisa sobre saúde do servidor do Judiciário

Autor: 
Ana Carolina Rios

No último dia 31 o Grupo de Trabalho sobre Condições de Trabalho da AASPTJ-SP realizou uma reunião para dar início aos estudos de uma pesquisa sobre a saúde do servidor do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Para a reunião, a Associação convidou as pesquisadoras especializadas Maria Maeno, médica e pesquisadora da Fundacentro, e a socióloga e pesquisadora Agda Aparecida Delia.

Também participaram representantes de outras entidades: Mauricio Carlos Queiroz, presidente da Affocos (Associação Família Forense da Comarca de Sorocaba), Alexandre dos Santos, presidente da Assojubs (Associação de Base dos Servidores e Funcionários do Poder Judiciário do Estado de São Paulo) e Dirceu Porto, diretor da sede de São Paulo da Assojuris (Associação dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo).

Representaram a AASPTJ-SP: a presidente, Elisabete Borgianni, a vice-presidente, Maria Helena Correa, a primeira secretária, Eunice Fávero, a segunda tesoureira, Mônica Carteiro, a conselheira fiscal Catarina Volic, a assessora da Diretoria Vilma Regina da Silva e as associadas: Maria Rachel Tolosa, assistente social e sócia honorária, Maristela Colombo, psicóloga do Psicossocial de Marília, Claudia Nery Zambom, assistente social do psicossocial de Campinas, Eliana Kawata, psicóloga do Tatuapé e Elaine Major Ferreira, assistente social de São Caetano do Sul.

Elisabete, Alexandre, Mauricio e Dirceu iniciaram a reunião contando sobre a história e o papel das associações representativas dos servidores, bem como, sobre o movimento de greve de 127 dias.

Em seguida, os diretores e associadas falaram sobre os casos de adoecimento de servidores do Judiciário. “Nós que estamos a frente das entidades é que nos deparamos com essa situação alarmante com mais evidência. Já tivemos casos até de suicídio e um grande número de depressão”, expôs Mauricio.

“Percebemos muitos casos de estresse, depressão e síndrome do pânico na Baixada Santista. O Tribunal parece não ter um mapeamento destes casos. Em muitas situações as próprias entidades acabam procurando uma solução”, alegou Alexandre.

Eunice apontou que ao viver a rotina estressante do Tribunal de Justiça, muitas vezes o assistente social e o psicólogo reproduzem este quadro ao atender a população. “Neste quadro, vemos que há três saídas: ou o servidor se aliena, ou ele busca se fortalecer e se organizar politicamente ou ele adoece”, afirmou.

Mônica falou sobre pesquisa da qual foi uma das organizadoras sobre a Síndrome de Burnout em psicólogos. “Dos dez profissionais do TJ-SP que participaram do estudo, quatro apresentaram sintomas da síndrome”.

Agda e Maria contaram um pouco de suas experiências e trabalhos realizados sobre esta questão. Ficou definido que as pesquisadoras farão um levantamento e orçamento de como uma pesquisa direcionada aos servidores do TJ deve ser organizada.

A próxima reunião do Grupo de Trabalho está agendada para o dia 21 de fevereiro, às 10 horas, na sede da AASPTJ-SP.


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