AASPTJ-SP participa de reunião de psicólogos da Fundação Casa sobre jornada de 30 horas

Autor: 
Ana Carolina Rios

No último dia 22, a AASPTJ-SP, representada pela presidente, Elisabete Borgianni, pela conselheira fiscal Magda Melão, pela assessora da Diretoria Vilma Regina da Silva e pela associada Eliana Kawata, psicóloga do Fórum Regional do Tatuapé, participou de mais uma reunião dos psicólogos da Fundação Casa sobre a luta pela redução da jornada de trabalho da Psicologia. O encontro ocorreu na sede do Sitraemfa (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e à Família do Estado de São Paulo).

Elisabete falou sobre a importância do papel do psicólogo na sociedade atual. Expôs um relato sobre a situação do Judiciário paulista e as dificuldades enfrentadas pelos servidores da Justiça, especialmente durante a greve de 127 dias. Apontou a importância da luta pela redução da jornada de trabalho. “A luta hoje não é apenas por mais tempo livre, mas também pela empregabilidade. Precisamos nos contrapor à exploração do Capitalismo que cada vez mais diminui o contingente de trabalhadores e suga as forças dos poucos que estão na ativa”, afirmou.

Os psicólogos da Fundação Casa reúnem-se uma vez por mês para discutir a questão. Nesta reunião o objetivo era definir os próximos passos já que a presidente da Fundação, Berenice Gianella, ainda não recebeu os técnicos para uma audiência, conforme havia prometido fazer ainda neste mês. “Em reunião realizada em setembro, a presidente se comprometeu a nos receber em janeiro já que naquele momento estava ocorrendo o processo eleitoral do governo do Estado. Já estamos no fim de janeiro e nada”, alegou Maria Helena Machado, representante dos psicólogos.

Também compareceu a reunião o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), autor do Projeto de Lei 741/2010, que institui a jornada de 30 horas para os psicólogos das instituições públicas do Estado de São Paulo. Giannazi explicou a situação do PL que recebeu parecer contrário do relator da Comissão e Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, deputado Roque Barbieri (PTB). Segundo o deputado, ele entrará com recurso contra o parecer e pretende reapresentar o Projeto em março, quando se inicia o mandato dos deputados eleitos. Também irá organizar uma audiência pública na Comissão de Trabalho, na qual convocará a presidente da Fundação Casa. “O Projeto de Lei não era necessário. O governo e a Fundação poderiam adotar a jornada de 30 horas para os psicólogos por iniciativa própria. O PL apenas vem reforçar esta necessidade”, expôs.

Os presentes deliberaram que um novo ofício solicitando audiência com a Presidência da Fundação será encaminhado pelo Sitraemfa. Também se definiu que o movimento deve buscar o envolvimento de psicólogos de outros órgãos públicos, um abaixo-assinado, nos moldes do realizado pelos técnicos do Tribunal de Justiça, será organizado e entregue à Fundação e também que o Sindicato providencie a confecção de camisetas ou coletes para a mobilização.


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