Ontem pela manhã, o Brasil perdeu Carlos Nelson Coutinho, um de seus maiores intelectuais e mestre de toda uma geração que milita na construção de um outro mundo possível e necessário.

Foi-se o professor de tantos de nós, e autor de inúmeras obras de referência do melhor pensamento crítico e democratizante do país. Carlos Nelson faleceu em sua casa, no Rio de Janeiro, aos 69 anos, vítima de câncer. Sua obra é o testemunho de seu engajamento coerente e visceral na ideia de que é possível construir relações sociais de novo tipo: aquelas que reflitam e signifiquem a real emancipação do ser social de seus grilhões individualistas, barbarizantes e dominadores.

Dedicou os melhores anos de sua vida a uma produção fértil, que hoje serve de suporte para todos aqueles que se dispõem a continuar remando contra a corrente do conservadorismo ou das ideias e ações sectárias de direita ou de esquerda. Carlos Nelson descansa convidando-nos a continuar sua esperançosa jornada por melhores tempos para toda a humanidade.