Este livro retraça o percurso da menina Juliette no sistema de proteção à infância na França. Os profissionais são confrontados à situação de perigo para a criança, ao grave sofrimento psíquico do pai, à “patologia relacional” dos pais. As instâncias judiciárias se embaraçam diante da equivalência do direito dos pais e os direitos da criança. 

A autora, brasileira, psicóloga em equipe multidisciplinar num serviço mandatado pelo Tribunal das Crianças de Paris, relata o longo acompanhamento da criança e seus pais. Ela será obrigada a inventar cada etapa da sua intervenção, postulando hipóteses, orientando a sua posição clínica, num contexto institucional codificado pela justiça.

Trata-se de um relato sobre os acontecimentos que se acumulam, uma discussão de caso clínico e reflexão sobre o universo institucional que organiza esse trabalho na encruzilhada do social, do educativo, do jurídico e da psicanálise.  O caso escolhido para este livro retrata também uma problemática bastante atual nas sociedades modernas: a multiplicidade de vínculos familiares, separações de casais e conflitos, além das questões próprias à sexualidade da criança e do adolescente.

Este livro é direcionado para estudantes e pesquisadores em diferentes áreas: juristas (magistrados, promotores), assistentes sociais, clínicos (psiquiatras, psicólogos, psicanalistas), pedagogos, professores, educadores, sociólogos, antropólogos, conselhos tutelares e diretores de instituições, e responsáveis de programas e projetos na área da família, infância e adolescência.

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