MEC veta 10 mil vagas em vestibular de curso a distância
O Ministério da Educação anunciou no último dia 10 a proibição da entrada de alunos em cursos a distância de cinco universidades privadas, incluindo Unip e Estácio de Sá, as duas maiores particulares do País.
Segundo o governo, 108 pólos (pontos de apoio presenciais obrigatórios) dessas instituições não estão credenciados e, por isso, não podem oferecer vagas no vestibular deste ano.
Pólos são locais em que os alunos devem cumprir a carga presencial obrigatória nos cursos a distância. Devem ainda oferecer bibliotecas, laboratórios e computadores para consulta.
A estimativa do MEC é que, ao todo, os 108 pólos irregulares receberiam 10 mil alunos. Além de Unip e Estácio, estão na relação a Cesumar (PR), a Finom (MG) e a Unisa (SP).
O veto ao vestibular já está valendo --quem, eventualmente, já tiver realizado seleção nos 108 pólos deve suspendê-la. As escolas, porém, têm dez dias para se explicar. O MEC pode até descredenciá-las.
A lógica tem sido criticada pela Abed (associação brasileira de educação a distância), que avalia que o setor deve ter liberdade para crescer --mercado e alunos definem quem tem qualidade. A fiscalização, que já fechou 5.613 pólos, ocorre num momento de crescimento do setor: desde 2004, as matrículas aumentaram 12 vezes.