Programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, são responsáveis por proporcionar que meninas de 15 a 17 anos permaneçam mais tempo na escola e retardem por mais alguns anos o início do ciclo reprodutivo. A conclusão foi apresentada nesta semana, em Santiago, capital do Chile, durante o V Seminário Internacional Programas de Transferências Condicionadas na América Latina e Caribe: Perspectivas dos Últimos 10 Anos.

De acordo com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rômulo Paes de Sousa, as meninas de 15 a 17 têm 19% mais chance de continuar frequentando a escola se a família for beneficiária do Bolsa Família. A informação foi coletada em 11 mil domicílios do País, distribuídos em 269 localidades, entre os anos de 2005 e 2009. A secretária de Renda de Cidadania do MDS, Lúcia Modesto, salientou que em 2009, ainda sob os efeitos da crise econômica mundial, das 12,4 milhões de famílias atendidas pelo Bolsa Família na época, 4,3 milhões saíram da linha da pobreza extrema.