Mensagem da Presidente: O sucesso de nosso Dia de Mobilização
Elisabete Borgianni
São Paulo, 01 de setembro de 2014
O movimento dos coletes azuis ficará marcado na história de nossa Associação.
No dia 27 de agosto vimos os assistentes sociais e psicólogos do Tribunal de Justiça de São Paulo mobilizados em todos os fóruns, reivindicando condições de trabalho e valorização salarial.
Em alguns locais, como na Baixada Santista, uniram-se aos demais servidores e tiveram o apoio de entidades parceiras como a ASSOJUBS. Na capital contaram com o apoio dos sindicatos autênticos e combativos e do Comando da Base.
Com ações criativas deram visibilidade ao trabalho das equipes técnicas no cotidiano da Justiça paulista.
Coincidência ou não (imagino que não!) já começamos a colher os frutos do significativo movimento: no próprio dia 27 fomos chamados para uma audiência com Sua Excelência, o Dr. Miguel Ângelo Brandi Filho, desembargador vice-coordenador da Coordenadoria da Família e sucessões, para tratar do Comunicado do Tribunal sobre o Psicólogo como testemunha (Comunicado CGJ/CFS nº 01/2013) e o Dr. Brandi comprometeu-se a levar a posição da Associação às instâncias que deliberam sobre a matéria.
No dia seguinte à nossa mobilização, recebi na Associação telefonema de Sua Excelência o Deputado Samuel Moreira, presidente da Assembleia Legislativa que, pessoalmente garantiu-me que deseja colocar em votação o PLC6/2013 (que cria novos cargos de assistentes sociais e psicólogos) e pediu-me intermediação junto aos partidos de oposição.
Ainda na mesma semana, ou seja, na sexta-feira, dia 29 à noite, recebemos ofício do Conselho Federal de Serviço Social-CFESS comunicando que irá manifestar-se no dia de hoje perante o Conselho Nacional de Justiça em nosso Pedido de Providências sobre a Escuta Especial de Crianças (Depoimento Sem Dano).
Já pudemos ler a belíssima peça que o CFESS vai protocolizar e avaliamos que juntamente com aquela já encaminhada pelo Conselho Federal de Psicologia - CFP será uma grande contribuição para que o CNJ caminhe na direção de determinar ao Tribunal de São Paulo a imediata suspensão das experiências que começou a fazer nas salas de inquirição e que, principalmente, deixe de obrigar assistentes sociais e psicólogos a que delas participem.
E mais: o CFESS pede ao CNJ para figurar como amicus curiae no Pedido de Providências da AASPTJSP para que não só nossos associados, mas também todos os assistentes sociais do Brasil possam estar representados (através da participação do CFESS) nos debates que ali serão travados sobre a matéria.
Naturalmente muito ainda temos por conquistar, mas como se pode ver, passos importantes foram dados nesses dias. Muitas equipes já começam a pensar em propostas para mudanças das condições de trabalho em seu cotidiano (como a equipe de Itaquera, que nos encaminhou um documento elaborado pelos técnicos) e que têm repercussão para todos os demais trabalhadores da Justiça.
Está valendo pessoal! Mantenhamo-nos mobilizados!