Pesquisa saúde do servidor: Segunda reunião
No dia 14 de fevereiro ocorreu a segunda reunião do GT condições de Trabalho para estudo sobre uma pesquisa que abordará a saúde dos servidores do Judiciário paulista.
Para este encontro a AASPTJ-SP convidou as pesquisadoras Leni Sato e Julia Dorigo, da Universidade de São Paulo.
Representaram a AASPTJ-SP: a presidente, Elisabete Borgianni, a vice-presidente, Maria Helena Correa, a primeira secretária, Eunice Fávero, a segunda tesoureira, Mônica Carteiro, a conselheira fiscal Catarina Volic, a assessora da Diretoria Vilma Regina da Silva e as associadas: Maria Rachel Tolosa, assistente social e sócia honorária, Maristela Colombo, psicóloga do Psicossocial de Marília, Claudia Nery Zambom, assistente social do psicossocial de Campinas, Eliana Kawata, psicóloga do Tatuapé e Elaine Major Ferreira, assistente social de São Caetano do Sul.
Também participaram representantes de outras entidades: Mauricio Carlos Queiroz, presidente da Affocos (Associação Família Forense da Comarca de Sorocaba), Alexandre dos Santos, Hugo Coviello e Silvio Reale, da Assojubs (Associação de Base dos Servidores e Funcionários do Poder Judiciário do Estado de São Paulo), Dirceu Porto e Adolfo Benedetti, da Assojuris (Associação dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo).
No início da reunião, Mônica resgatou a história do grupo e fez um resumo do que já foi discutido sobre a intenção de realizar a pesquisa para as profissionais convidadas.
Elisabete explicou que uma das motivações para a realização deste trabalho foi a crescente estatística de adoecimento no quadro do TJ-SP, por conta da estressante rotina da instituição.
Silvio, que durante muitos anos trabalhou no cartório cível, deu seu testemunho. “Tenho 20 anos de serviço e ultimamente venho percebendo muitos casos de síndrome do pânico e depressão”, atestou. “Percebo que a maioria dos chefes e diretores entendem da parta burocrática e administrativa, mas não sabem lidar com o humano. Na greve de 2004, tivemos um servidor que enfartou por conta da pressão”, afirmou.Para Hugo, ocorrem muitos abusos no TJ-SP. Ele exemplificou contando a situação dos agentes de segurança. “O agente tem um turno de oito horas. Se por algum motivo, a pessoa que deveria rende-lo não aparecer, a saída que o Tribunal encontra é faze-lo trabalhar mais oito horas. Esse excedente não é creditado em dobro para folga como deveria e o servidor não recebe vale-alimentação extra”, afirmou. Ele também lembrou os fatores de risco enfrentados. “Os agentes não têm equipamento de segurança para trabalhar. Já teve servidor baleado em ataque do PCC”.
Leni e Julia acompanharam os relatos, fizeram observações e questionamentos, bem como deram dicas, como por exemplo, a sugestão de que as entidades procurem orientações com o Centro de Referência da Saúde do Trabalhador (Cerest).
Nova reunião do grupo foi marcada para o dia 28 de março.