Pesquisa Saúde e Trabalho no TJ-SP: um estudo qualitativo sobre as condições de vida e trabalho e suas repercussões na saúde física e mental de funcionários

Autor: 
Monica Carteiro, segunda secretária

Conforme temos noticiado, está em andamento a pesquisa SAÚDE E TRABALHO NO TJ-SP: um estudo qualitativo sobre as condições de vida e trabalho e as repercussões na saúde física e mental de funcionários. Tal iniciativa, empreendida pela AASPTJ-SP, em parceria com a AFFOCOS, ASSOJUBS e ASSOJURIS, surgiu da preocupação dessas entidades com o adoecimento crescente de funcionários do TJ-SP, tanto de assistentes sociais e psicólogos como de escreventes, oficiais de justiça e agentes judiciários.

Historicamente, as pesquisas sobre a gênese do adoecimento físico e mental têm se debruçado sobre a influência de aspectos relacionados ao desenvolvimento da personalidade, aos fatores genéticos, à vida familiar. No entanto, ainda são poucos os estudos que se detêm na análise dos efeitos das condições e da organização do trabalho na saúde.  No âmbito do Judiciário, destaca-se a pesquisa realizada em Santa Catarina, que deu origem ao livro “Operários do Direito”, de autoria do professor Herval Pina Ribeiro e do SINJUSC (disponível na biblioteca da Associação).    

Nossa pesquisa está sob coordenação da socióloga Agda Delia e consultoria da Dra. Edith Seligmann-Silva, ambas com vasta experiência na área de Saúde do Trabalho, em pesquisas desenvolvidas com bancários, trabalhadores de indústrias de base, entre outras.  Será empregada a metodologia qualitativa, por meio de entrevistas individuais e coletivas, respeitando o sigilo sobre a identidade dos participantes.

A escuta dos depoimentos dos trabalhadores sobre suas vivências relacionadas ao cotidiano laboral e as repercussões deste na sua vida pessoal e familiar é essencial para compreender o processo saúde-doença no trabalho. Dessa forma, além de propiciar oportunidade de reflexão sobre os efeitos da organização do trabalho, resgata-se a possibilidade de busca de alternativas para enfrentamento dos problemas, não só a nível individual como também coletivo.

Acreditamos que os resultados da pesquisa irão embasar e fortalecer as ações das associações perante o Tribunal de Justiça, no tocante às formas de tratamento e, principalmente, de prevenção do adoecimento. 

Para que esses objetivos sejam alcançados, é imprescindível que todos estejam abertos a participar e se mostrem receptivos caso sejam contatados.

Aproveitamos a oportunidade para convidá-lo a deixar sua opinião na enquete que preparamos sobre o tema em nosso site (veja aqui). Sua opinião é valiosa, participe!


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