Referências técnicas para atuação do psicólogo em Varas de Família

Autor: 
Ana Carolina Rios

No último dia 24, a AASPTJ-SP representada pela primeira tesoureira, Esther Katayama e pela conselheira fiscal Magda Melão, esteve presente no evento de apresentação do Documento de Referência para atuação do Psicólogo em Vara de Família (veja aqui), resultado de uma pesquisa realizada pelo Centro com os profissionais da área em 2007.

O evento contou com a participação dos debatedores Antonio Carlos Malheiros, desembargador e coordenador da infância e juventude do TJ-SP e as psicólogas judiciárias Dayse Franco Bernardi e Evani Zambom Marques.


Malheiros contou sobre sua trajetória como advogado na área de Família até se tornar desembargador e coordenador da área de Infância e Juventude do maior Tribunal de Justiça do País. Disse que era um dos poucos advogados que pensava na importância da interdisciplinaridade. Em seu discurso, ressaltou a importância do papel dos psicólogos nas Varas de Família e afirmou ter aprendido muito com estes profissionais. Não deixou de observar a situação vivida atualmente pelos técnicos no TJ-SP. “Trabalham no sacrifício e são pouquíssimo valorizados”. De acordo com sua opinião, muitos juízes consideram o trabalho dos técnicos como “perfumaria”, o que leva o Tribunal a não dar o devido valor a estes profissionais. “Os concursos não andam. Sinto que vamos chegar ao caos, muitos profissionais estão saindo para outras instituições e muitos estão adoecendo. Sem o pessoal técnico não há como judiciar”, alegou.


Dayse foi a responsável por apresentar o documento aos presentes, representando a comissão que o elaborou. “Esse trabalho demarca o compromisso dos Conselhos Federal e Regionais com a qualificação da atuação dos psicólogos em todos os seus espaços de atuação, em especial, no sistema de justiça”, expôs.  


A psicóloga apresentou dados referentes à pesquisa que subsidiaram o documento. Ao todo, 138 psicólogos que atuam na área de Família responderam a pesquisa, sendo a maioria da região Sudeste. A média de idade ficou em 37,19 anos e 88% são do sexo feminino. Quanto ao vínculo funcional, 44% trabalham no Poder Judiciário e 21% atuam como profissionais liberais.


Veja todos os dados apresentados no documento em anexo


A Evani coube o papel de apresentar alguns pontos críticos do documento. Ela representou a equipe de Psicologia da Vara de Família do Fórum Regional João Mendes, que elaborou uma manifestação técnica apontando algumas discordâncias com o documento do Crepop. “Quando o projeto foi disponibilizado para consulta pública, elaboramos um documento de 13 laudas com nossas sugestões e criticas porque acreditamos que em alguns pontos ele não reflete a nossa prática”, disse.


Veja os pontos levantados por Evani no documento em anexo


 






 


 


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