Terceira reunião do Fórum de Debates Pró-Organização Política e Sindical dos Trabalhadores em Atividades Psico Sociais
Ocorreu no último sábado, dia 6 de agosto, a terceira reunião do Fórum de Debates Pró-Organização Política e Sindical dos Trabalhadores em Atividades Psico Sociais.
Para esta reunião, foram convidados os sindicatos representantes dos trabalhadores em atividades psico sociais para falarem sobre o que têm feito pela defesa das condições de trabalho, salário e redução da jornada de trabalho destes profissionais. Foram convidados: Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado de São Paulo (Sindserv), Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, Adolescente e à Família do Estado de São Paulo (Sitraemfa), Sindicato União, que representa os servidores do Judiciário, Sindicato dos Psicólogos (Sinpsi), Sindicato dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo, Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sinfuspesp), além dos Conselhos Regionais de Serviço Social e Psicologia.
Compareceram representantes do Sitraemfa, Cress-SP, Sinpsi e Sinfuspesp. O CRP-SP encaminhou mensagem pelo representante do Sindicato dos Psicólogos.
Elisabete Borgianni, presidente da AASPTJ-SP, abriu a reunião resgatando a história do Fórum e seus objetivos. “O Fórum vem discutindo a importância das representações que devem garantir e manter os direitos desses trabalhadores que estão sendo aviltados em várias áreas de atuação; o Fórum pretende ouvir o que essas representações vêm fazendo em defesa desses trabalhadores”, afirmou.
Andrea Almeida Torres, representando o Conselho Regional de Serviço Social trouxe a mensagem de que “o Cress-SP apoiará totalmente essa iniciativa do Fórum de discussão das condições de trabalho, atribuições e salário”.
Rogerio Gianini, presidente do Sinpsi, falou sobre o protagonismo do sindicato na luta pela redução da jornada semanal dos psicólogos para 30 horas. O ato mais recente organizado pela entidade foi a organização da caravana de 30 pessoas até Brasília (veja nota neste boletim) para audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado sobre o PL 150/2009. “O Supremo pode de um golpe nos derrubar se decidir que a redução da jornada é inconstitucional. Só que ai teria que derrubar também todas as outras leis de jornada especial de outras categorias, como por exemplo, a dos jornalistas,” expôs.
O Sinfuspesp foi representado pelo presidente, João Reinaldo Machado, que trouxe em sua fala a dificuldade de se negociar com o governo. “O Sindsaude é que tem o reconhecimento do governo, mas na hora da negociação este sindicato não pode falar pelos trabalhadores de outras secretarias. É um jogo de empurra-empurra”, desabafou. Informou também que foi criado um Departamento Técnico no sindicato para cuidar das questões especificas dos assistentes sociais e psicólogos.
Por último, falou Julio Alves, presidente do Sitraemfa, que fez um relato sobre a árdua luta pela garantia de direitos na Fundação Casa. “São crianças e adolescentes presos como adultos, as vezes preso junto com adultos. São 164 unidades da Fundação Casa, algumas semelhantes a presidio como por exemplo Franco da Rocha e Itaquera. Tem tudo aquilo que tem num presidio normal”, explicou.
Após suas exposições, os representantes dos sindicatos e do conselho, responderam a perguntas dos profissionais presentes.
Encaminhamentos
A próxima reunião acontecerá no dia 24 de setembro. Também foi aprovada a presença de um representante do Fórum em todas as negociações que os sindicatos participarem. Outro ponto aprovado foi uma pauta unificada para todos os assistentes sociais e psicólogos das instituições participantes do Fórum, que neste primeiro momento irá priorizar a luta pelas 30 horas dos psicólogos e pela manutenção da redução da jornada dos assistentes sociais. Definiu-se pela organização de uma marcha a Brasília com a participação de 10 mil profissionais, provavelmente no dia 6 de dezembro, com apoio logístico dos sindicatos.
Outros pontos aprovados:
- Que o Sitraemfa continue cobrando do Codec a resposta do documento da Fundação Casa.
- Que todos os sindicatos coloquem na sua pauta as reivindicações das categorias.
- Elaboração de carta a ser encaminhada ao Sindicato União informando o que foi votado no Fórum, já que o mesmo não se fez representar no Fórum.
- Pedido por oficio a Fundação Casa do documento entregue ao Codec.
- Que os sindicatos divulguem as memorias do Fórum às suas bases e chame novos companheiros.
- Que os sindicatos procurem suas federações e centrais para apoio à marcha à Brasília e ao movimento.