TJ-SP apresenta só promessas e greve continua

Mais uma semana se passou sem um acordo entre Tribunal de Justiça e servidores. Atendendo a indicativo da última assembleia geral, a Comissão de Negociação das entidades voltou a pressionar para que o TJ-SP reabrisse as negociações. Foram recebidos hoje pela manhã pelo desembargador William Campos e pelos juizes auxiliares João Maria Camara e João Batista.


O Tribunal não apresentou nada de novo do que já havia sido discutido na última audiência de conciliação do dissídio coletivo, realizada no dia 17 de junho: Encaminharia Projeto de Lei à Assembleia Legislativa para reposição salarial de 4,77% (indice do INPC do último ano), incluiria o restante no orçamento de 2011 e colocaria novamente para apreciação do Órgão Especial a revisão da Resolução 520/2010, que institui o desconto dos dias parados, que seriam compensados por mutirão. Em contra-partida os servidores deveriam votar pela suspensão da greve na assembleia geral de hoje a tarde.


No entanto, na audiência de hoje, o desembargador William afirmou que nenhuma destas propostas havia sido acordada com o Executivo, ou seja, não passam de promessas feitas pelo Tribunal aos servidores, sem garantias concretas de que serão cumpridas.


A Comissão de Negociação das entidades apresentou diversas contra-propostas ao TJ-SP e insistiu no fato de que o Tribunal possui verba suficiente para garantir a reposição salarial dos servidores, dentre elas as verbas indenizatórias. Porém, o Judiciário não quer ceder e mais uma vez, os juizes insistiram para que as entidades suspendessem o movimento até agosto.


A tarde, a maioria dos presentes na Assembleia Geral votou pela continuidade da greve até a próxima quarta-feira (02/07). Durante esta semana, a Comissão de Negociação continuará pressionando o Tribunal para que as reuniões continuem acontecendo, na tentativa de se chegar a um acordo.


"Eles nos deixaram claro hoje que não há garantia de que o Projeto de Lei tramite na Alesp e a reposição seja cumprida e que o governo não corte verbas do Judiciário no órçamento do próximo ano. Então, a única saida para ampliar a negociação continua sendo a nossa forte mobilização", ponderou Elisabete Borgianni, presidente da AASPTJ-SP.


Descontos


Quanto aos descontos dos dias parados, informamos que a assessoria jurídica da AASPTJ-SP já ingressou com medida cautelar em defesa de todos os associados esta semana. Aguarde informações mais detalhadas.


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