TJ-SP concede 6,43%, mas não determina data para o retroativo
Pela primeira vez, desde que assumiu a Presidência do Tribunal de Justiça, o desembargador José Roberto Bedran, compareceu à reunião com as entidades representativas dos servidores, na tarde desta sexta-feira. Foi para anunciar a reposição salarial de 6,43% a partir de junho e em seguida, retirou-se da sala. “É o máximo que podemos oferecer neste momento. Sei que ainda há o retroativo dos 4,77% e a diferença de 1,5% para atingir os 8% propostos. Vamos continuar empenhando esforços”, disse. O presidente também alegou que o reajuste do vale-refeição que passou de R$ 9 para R$ 25 representou um índice de 5% no salário dos servidores e que espera compreensão da categoria. “O TJ quer trabalhar com os servidores como parceiros e com respeito mutuo, como sempre fomos”, expôs.
Após a saída do presidente, a reunião teve continuidade com o desembargador Wiliam Campos e os juízes auxiliares José Eduardo Marcondes Machado e Hamid Charaf Bdine Junior.
Os representantes das entidades esclareceram que discordam da visão do Tribunal de que houve um avanço nas negociações e que a categoria continuará mobilizada até que o TJ apresente as datas para o pagamento da retroatividade a março, a retroatividade do período entre março e novembro de 2010 dos 4,77% concedidos em janeiro e para o índice de 1,5% (diferença para completar os 8% apresentados na proposta das entidades). Os cerca de 300 servidores que permaneceram em ato público na porta do Palácio da Justiça durante a reunião também não receberam a notícia com entusiasmo.
O desembargador Wiliam afirmou que a verba concedida pelo governo do Estado também será utilizada para a contratação de 200 oficiais de justiça e 300 escreventes. “Também vai ter que sair desse dinheiro”, expôs.
Quanto à reposição das horas paradas durante a greve de 127 dias, as entidades propuseram elaborar um projeto de funcionamento da proposta de mutirão. Este projeto deverá ser protocolado na Presidência no início de junho.
A próxima reunião ficou marcada para o dia 17 de junho para continuidade das negociações. Nesta data, as entidades apresentarão os nomes de seus representantes que acompanharão o trabalho das Comissões de Orçamento e Salarial. Também pretendem compor com o TJ uma comissão especial para discussão do Plano de Cargos e Carreiras.