Na tarde desta quarta-feira ocorreu a última reunião do ano entre as entidades representativas dos servidores e o Tribunal de Justiça. Para esta reunião, o desembargador Wiliam Campos e os assessores da Presidência ficaram de trazer uma resposta sobre a proposta de mutirão feita pelas entidades para compensação dos dias parados na greve de 2010. Mas, apesar de o termo “mutirão” constar do acordo homologado no dissídio coletivo, o TJ insiste em alegar que a compensação deve ser hora a hora e não por cumprimento de metas. De acordo com o juiz assessor Jose Eduardo Marcondes, o presidente, desembargador José Roberto Bedran, indeferiu o pedido das entidades. Para Campos, Bedran não se sente “confortável” para decidir-se pelo mutirão a poucos dias de terminar a sua gestão.

“A administração do presidente Bedran foi bastante positiva por abrir o diálogo com os servidores, mas seria muito importante a gestão fechar com a decisão do mutirão para cumprir o acordado no dissídio”, apontou Elisabete Borgianni, presidente da AASPTJ-SP.

Wiliam Campos afirmou que o presidente apenas autorizou a dilação do prazo para compensação até o dia 31 de dezembro de 2012. Para Marcondes, a decisão do presidente é administrativa e pode ser revista na próxima gestão ou até mesmo pelo próprio Bedran. As entidades pretendem voltar a discutir o tema com a próxima gestão, já aproveitando a presença do juiz assessor da atual vice-presidência e um dos prováveis assessores do próximo presidente, Rodrigo Capez, que compareceu à reunião como ouvinte.

Outro ponto da reunião foi a informação de que o TJ rodará uma folha suplementar no próximo dia 22 e pagará o percentual de 6,43% referente aos meses de março e abril de 2011, que estavam pendentes. Também será pago nesta folha cinco dias de férias em pecúnia para quem tiver o direito de receber.

Agora é aguardar a posse do presidente eleito, desembargador Ivan Sartori, e que as negociações sejam retomadas.